Talvez você já tenha ouvido falar dos termos dependência e codependência emocional, mas não saiba exatamente as diferenças entre elas ou como isso afeta você diretamente. No artigo de hoje vou esclarecer isto de forma simples. Vem comigo?

A primeira coisa que precisamos entender é que tanto a dependência quanto a codependência são estados disfuncionais de relacionamento.

Um certo nível de dependência/co-dependência emocional está presente mesmo nos relacionamentos mais saudáveis, mas o problema é quando isso se torna demais: você PRECISA dessa outra pessoa pra sua vida ter sentido: ou para ser cuidado ou para cuidar dela.

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Vamos entender como funcionam cada um dos papeis:

O dependente emocional é aquele que precisa que alguém cuide dele, que tome conta dele, que atenda a todas as necessidades emocionais que ele tem – porque ele “acredita” que não consegue fazer isso por si mesmo.

O codependente emocional é aquele “aceita” esse papel de tomar conta, de salvar o outro porque também tem a crença de que o outro não consegue fazer isso sozinho, que o outro não consegue fazer isso sem ele e que é responsabilidade dele fazer pelo outro.

Ou seja, em uma relação onde uma das partes apresenta dependência (e a outra aceita porque continua junto) a outra automaticamente será co-dependente.

Uma se alimenta da existência da outra para continuarem ambas crescendo e se fortalecendo – como uma relação simbiótica onde ambas “ganham” algo em troca.

Mas você precisa saber que tanto a dependência como a co-dependência não são causas, são sintomas: sintomas de falta de autoestima e de amor-próprio!

Vou colocar alguns sinais de codê/depê: observe com muito cuidado se você se identifica com alguma das situações:

Sintomas DEPENDÊNCIA

1- Tem tendência em procurar pessoas que possam cuidar de você, que pareçam ser mais fortes emocionalmente;

2- Torna seu parceiro responsável pela sua segurança e felicidade;

3- É ciumenta e possessiva em suas relações

4- Sente-se frágil, fraca, acha que não dá conta dos desafios de sua própria vida

5- Gosta que as pessoas sintam pena de você? Se esforça para que elas sintam?

Sintomas CODEPENDÊNCIA

1- Você se sente responsável por outra pessoa: Pelos seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades e bem-estar.

2- Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo.

3- Você se sente desvalorizada pelas pessoas que ama? Como se elas fossem ingratas por tudo que você já fez por elas.

4- Tenta sempre se fazer útil, mesmo quando lhe é pedido ajuda.

5- Acredita que se doa mais do que recebe e não entende porquê isso acontece.

Se você se encontrou em um dos quadros acima, lembre-se que estes são apenas sintomas que você não se ama o suficiente e de que não se valoriza como deveria.

Dependendo da visão que você tem de si mesma, tudo que está a sua volta reagirá de acordo com esta visão: se você acredita que é fraca, que já sofreu muito, que é vitima do universo, que não vai conseguir vencer na vida e ser amada, automaticamente você vai nutrir um sonho de encontrar uma pessoa que possa ser forte e te proteger (porque você acha que não consegue fazer isso sozinha). Perto dela você finalmente poderá se sentir forte e preenchida.

E ai você atrai uma pessoa que é justamente o oposto – a pessoa que se acha a salvadora da pátria, mas que é tão desequilibrada quanto você porque ela também só consegue se achar útil e forte o suficiente quando tem alguém “fraco” por trás.

Ninguém é vítima e ninguém é salvador da pátria – todos nós somos 100% responsáveis pelo que acontece com as nossas vidas, somente com as nossas vidas.

Muitas pessoas acabam ficando neste tipo de relação porque acreditam que “amam demais” mas isso é justamente o contrário: ser dependente ou codependente emocional é não saber amar.

E essa falta de clareza sobre o que é amar muitas vezes vem da própria criação familiar, onde talvez você tenha recebido amor de uma forma muito estranha ou sequer recebido algo.

Para curar tanto a dependência quanto a codepêndencia emocional, é necessário olhar para dentro e preencher os buraquinhos dentro do peito com sua própria presença.

Você ou qualquer pessoa próxima a você só passará por situações as quais é completamente capaz de enfrentar e superar: se não fosse, o Universo jamais permitiria que você passasse por isso.

Faça sua parte, o melhor que puder. Tome consciência de que a primeira responsabilidade que você tem na vida é a de se fazer feliz e priorize-a acima de qualquer coisa – somente desta forma você poderá contribuir para a vida de outras pessoas de forma verdadeira e que te proporcione amar e ser amada de verdade.