Não importa o quão desgastado o seu relacionamento estava, nunca é fácil terminar um relacionamento de anos – nem para quem toma a decisão e nem para quem é “dispensado”. Mas existe sim uma forma de esse processo ser menos doloroso para ambas as partes.

Tomar a decisão de terminar uma relação pode doer muito não somente para o casal envolvido, mas também para todas as pessoas que ajudaram a construir essa história de alguma forma – sejam filhos, pais, outros entes da família ou mesmo amigos em comum.

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Por mais que o relacionamento já não fosse o mesmo de começo de namoro… por mais que vocês tenham se tornado dois estranhos habitando a mesma casa… por mais que você saiba racionalmente que sim, essa é a melhor coisa a se fazer… ainda sim, nunca será fácil.

Sabe por quê? Porque além do fato de que agora, você tem de aceitar que alguém que um dia foi muito importante pra você simplesmente não cabe mais na sua vida, você também precisa lidar com todos os seus planos e sonhos caírem por terra, e junto com eles vem uma tremenda sensação de fracasso.

Afinal foram anos e anos construindo algo que desmoronou. O sentimento de perda de tempo e de energia toma conta de nós e caímos em sofrimento.
Porque ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, terminar uma relação é profundamente desgastante. A pessoa que toma a decisão geralmente não a faz de uma hora para outra (com algumas exceções de pessoas imaturas) ela fica um bom tempo analisando os prós e os contras, se é a decisão certa a ser tomada, se não vai se arrepender depois, e tudo isso tudo consome muita energia.

A pessoa que termina começa a lidar com a dor do término bem antes da decisão (quando ela teve o primeiro pensamento a respeito) e essa dor vai sendo distribuída em doses homeopáticas até o momento da comunicação ao outro. Por isso que parece que ela sofre menos. Na verdade ela tem mais tempo pra digerir o processo, além de ser ELA quem toma a decisão e que está aparentemente no controle da situação.

Já a pessoa que “leva o pé na bunda” só precisa lidar com o fato quando ele acontece, mas ela precisa lidar com toda a dor jogada na cara dela de uma vez só. E como não foi ela quem tomou a decisão, ela se sente completamente fora de controle e com aquela incômoda sensação de “sair por baixo”.

Se você está lendo este artigo, provavelmente você é a pessoa que deseja terminar, mas que tá morrendo de medo de fazer isso e se arrepender não é verdade? De perder o grande amor da sua vida e só se dar conta disso muito depois?

De fato toda decisão implica riscos, mas existe sim uma fórmula pra você tornar estes riscos os mais calculados possíveis se podemos dizer assim.
Siga o passo a passo a baixo:

• Identifique as verdadeiras razões pelas quais você deseja terminar essa relação. Se você terminar por uma razão boba ou superficial, o risco de arrependimento realmente é grande, mas se suas razões forem sólidas o bastante, você estará seguro para fazer o que tiver de ser feito.

• Não jogue aquele papinho clichê de: “o problema não é você, o problema sou eu.” O problema não é de ninguém; talvez vocês simplesmente não deem mais certo juntos e está tudo bem. O relacionamento não ter sido para sempre como pregam os filmes românticos e as novelas da TV não significa que ele tenha sido um fracasso: pelo contrário, ele foi muito bem sucedido enquanto durou. Reconheça isso e agradeça a outra pessoa por ter feito parte da sua história e de tantos momentos especiais, mas que como tudo na vida, existem ciclos que precisam chegar ao fim para que outros melhores comecem.

• Uma das maiores dores de terminar um relacionamento de anos é sair da tão amada zona de conforto: aquela zona que você já conhece por estar fazendo as mesmas coisas com a mesma pessoa durante tanto tempo. Só que sair da zona de conforto é sua única chance de realmente começar um ciclo mais feliz em sua vida, então encare isso não com um medo descomunal das coisas ficarem piores do que já estavam mais sim como uma grande oportunidade de você se desenvolver ainda mais e ser mais feliz.

• Respeite os sentimentos do outro. É muito egoísmo de sua parte terminar e ao mesmo tempo não querer se afastar do parceiro. Lembra que você já está lidando com término bem antes da sua decisão enquanto o outro está tendo de lidar com tudo isso de uma vez só? Talvez para ele seja melhor um afastamento temporário e você precisa respeitar isso.

• Em hipótese nenhuma utilize seu ex parceiro para satisfazer suas necessidades emocionais e sexuais. Não é porque vocês tiveram uma história juntos que você pode simplesmente recorrer a ele quando “achar necessário”. Isso é extremamente prejudicial para ambos, pois enquanto o vinculo entre vocês não é completamente desfeito nenhuma das partes conseguirá se abrir verdadeiramente para uma nova relação no futuro.

E por último mas não menos importante: tenha muito, mas MUITO cuidado com um relacionamento rebote (sabe aquele relacionamento que você engata quase que na sequência da sua separação?).

Esse tipo de relacionamento traz inúmeros perigos, mas esse já é um tema para outro artigo. No mais, quero saber se este conteúdo fez sentido pra você: compartilha comigo aqui nos comentários que eu vou adorar saber.

Com amor,

Gabi.