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Qual a diferença entre amor, apego e paixão?

Aposto que você já ouviu falar que existem diferenças entre amor, apego e paixão – mas você sabe exatamente quais são elas? Compreender cada uma pode fazer MUITA diferença em seus relacionamentos.

Qual a diferença entre amor, apego e paixão?

Muitas pessoas me procuram dizendo “sofrer por amor”. Relatam que sofrem pelo término de seus relacionamentos porque ainda amam os ex parceiros e por conta disso, não conseguem seguir com a vida em diante.

Eu não as culpo, de verdade! Durante muito tempo acreditei nisso também – de que quanto mais verdadeiramente você ama uma pessoa, maior é o seu sofrimento em não estar ao lado dela.

Leia também: Como ser feliz sozinha? Será que esse “negócio” é pra mim?

Afinal de contas é isso que as novelas, filmes de Hollywood e todo o resto do mundo pregam, não é verdade?

Que primeiro: se você ama e não é correspondido (ou não tem a pessoa ao seu lado), deve sofrer. E segundo: que para ser feliz você precisa ter alguém. Mas não basta ter alguém, precisa ser um relacionamento sério, precisa casar e ter filhos – senão o amor nem era tão grande assim, né?

Bullshit. Vou te ajudar a parar de acreditar nessa histórinha que nunca vai te levar a construir relacionamentos realmente saudáveis em sua vida.

Existem 3 formas de se relacionar com o outro: através da paixão, através do apego e através do amor. Vou te explicar como funciona cada uma delas:

1. Paixão

Geralmente todos os relacionamentos começam dessa forma (e não há nada de errado com isso. O problema é o que você faz quando essa fase acaba).

Qual a diferença entre amor, apego e paixão?
Quando essa fase tão fácil acaba, o que fazer?

A paixão funciona coo uma “colinha”, que une duas pessoas através da liberação de substâncias como a dopamina, por exemplo. Sabe aquela sensação de euforia, ansiedade em estar junto, pensar o tempo todo na pessoa e enxergar tudo que ela faz como se fosse “perfeito”?

chanãm, a responsável por essa mágica toda é a bendita da dopaminae você aí achando que ele era especial, né?

Só que a paixão só dura um tiquinho (cerca de 6 meses a 2 anos) e funciona como se fosse uma “droguinha” no nosso organismo – nublando a nossa visão sobre como as coisas realmente são – ou seja, se nos entregamos completamente sem desenvolver consciência, fazemos cagadas.

Sabe aquele casalzinho que resolve se casar 3 meses depois de se conhecer? Nas novelas pode dar tudo certo (porque ninguém te mostra o que acontece depois do “felizes para sempre”) mas na vida real, qual você acha que é a probabilidade de eles REALMENTE terem se conhecido nesse tempo?

2. Apego

Quando o fogo da paixão começa a diminuir, existem 2 caminhos que o seu relacionamento pode tomar: o de se tornar apego ou o de se tornar amor.

E é com tristeza no coração que preciso te contar que a grande maioria das pessoas toma o caminho do apego, simplesmente porque não conseguem transformar a paixão em amor.

Qual a diferença entre amor, apego e paixão?

Transformar a paixão em amor é um caminho muito mais trabalhoso, exige esforço mútuo, enquanto no apego, você não precisa fazer nada.

Na verdade é aí que mora o perigo: na fase da paixão você não precisava se esforçar para o relacionamento acontecer porque seu organismo se encarregava de fazer isso por você. Mas depois que ele para de fazer isso, você precisa começar a trabalhar pela sua relação e é ai que as pessoas se perdem.

O apego nada mais é do que uma relação que continua existindo “apenas” porque é mais cômodo que seja assim. Você se acostumou à presença dele, se acostumou a ter alguém para dividir as contas e uma companhia para ir ao shopping. No pior dos casos, as pessoas se acostumam até com as brigas e com crises de ciúme para não terem que lidar com a própria companhia.

O apego se torna ainda mais forte quando você está desalinhado da sua própria essência – e como não consegue enxergar uma fonte de felicidade dentro de si mesma, projeta essa fonte no relacionamento com o outro.

Daí surge aquele sofrimento desesperador quando o cara termina com você – por que dentro da sua projeção, a sua “fonte de felicidade” foi embora e aí você de fato não tem mais motivos pra ser feliz.

Entende a enrascada?

3. Amor

Vixxx, esse aqui é difícil de falar mas me atreverei a tentar. Mas não farei isso sozinha: vou parafrasear uma citação do mestre Osho:

“O amor é muito raro. Tocar o cerne de uma pessoa é enfrentar uma revolução, pois, se você quiser tocar uma pessoa em sua essência, terá de deixar que essa pessoa toque a sua essência também. Você terá que ficar vulnerável, absolutamente vulnerável, aberto.

É um risco. Deixar que alguém toque a sua essência é arriscado, perigoso, porque você nunca sabe o que essa pessoa fará com você.

E depois que todos os seus segredos forem revelados, depois que tudo o que você esconde for descoberto, depois que você estiver completamente exposto, o que a outra pessoa vai fazer nunca se sabe. O medo aparece. É por isso que nunca nos abrimos.

Qual a diferença entre amor, apego e paixão?

Você consegue perceber a profundidade deste pequeno texto e o tamanho do desafio que ele nos traz à tona?

O amor não tem nada a ver com sofrimento, por isso voltamos ao começo texto onde eu comento que algumas pessoas dizem “sofrer por amor”.

O sofrimento vem da inconsciência, do apego excessivo, do medo, da falta de desalinhamento com a essência – proveniente do Ego.

O amor é um sentimento sublime, sem posses, inocente, leve e completamente livre – proveniente do Ser (ou se preferir, da sua alma, do seu espírito).

O amor dá trabalho simplesmente porque você precisa se abrir integralmente para o outroquer trabalho maior que esse? – e acolhê-lo quando ele fizer o mesmo com você!

Ninguém está habituado a se abrir desse jeito em nossa sociedade – porque aí você corre o risco de se machucar né?

Se você quiser realmente transformar uma paixão em amor, só há um jeito e esse jeito é o derretimento de seu próprio ego. É a entrega mais pura de seu ser para o outro – e isso se faz através da total expressão de todos os seus pensamentos, sentimentos e emoções.

Só desta forma é possível criar uma conexão maior – a conexão através da vulnerabilidade. Eu confesso pra você que eu nunca havia tido este tipo de conexão até conhecer o homem que hoje, é meu marido.

E eu consigo perceber nitidamente como é justamente essa conexão, essa transparência, esse “deixar o medo de ser machucado pelo outro” de lado que fortalece cada vez mais o amor que temos um pelo outro.

Não é fácil. Ao longo de todos os relacionamentos que já tive em minha vida, jamais havia percebido essa chave. Mas eu a descobri e neste exato momento estou entregando-a para você!

Use essa poderosa chave para deixar para trás o apego e a paixão e abrir de vez o caminho para um novo nível de relacionamentos em sua vida.

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