Você também tem a sensação de ter ficado ainda mais apaixonada pelo seu ex companheiro depois de sofrer uma rejeição amorosa? Calma, a culpa não é sua! Existe uma explicação cientifica para isso e a neurocientista Hellen Fisher nos conta qual é.
Imagine a seguinte situação: você acaba de levar um pé na bunda, sabe que precisa seguir em frente mas simplesmente não consegue se desligar do “dito cujo”.
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Checa seu WhatsApp de 5 em 5 minutos pra ver se de repente chegou alguma mensagem dele que você “não viu”; fuça o Instagram inteiro tentando encontrar alguma pista que mostre algo que explique o porque ele não quer saber mais de você; calcula todas as suas postagens imaginando o que ele vai pensar quando ver.
Os sintomas:
“Ele não sai da sua cabeça: você dorme pensando nele e ao acordar, ele é a primeira coisa que vem em sua mente.”
“Você não sente fome nem tem vontade de comer nada direito.”
“Ele já disse que não quer mais nada, mas você insiste em manter um “inocente” contato para catar as migalhas que ele deixa.”
“Você acha que nunca vai sair dessa situação.”
Eu posso imaginar o balãozinho se formando acima da sua cabeça com o seguinte pensamento: “O que eu preciso fazer para essa situação passar logo?”
A primeiríssima coisa e a mais importante é: tomar consciência de que o que está acontecendo com você é normal e acontece com todo mundo que leva um “pé na bunda”, sem exceção.
Foi exatamente por isso que decidi escrever este artigo reunindo alguns estudos que fiz sobre as explicações científicas dos sintomas pós-término de relacionamento.
E o estudo que mais me chamou a atenção foi o da neurocientista e antropóloga Hellen Fisher: ela realizou um mapeamento de 32 pessoas diferentes para entender o que se passava em seus cérebros em 2 situações distintas:
– 17 pessoas haviam acabado de se apaixonar perdidamente;
– 15 pessoas haviam acabado de sofrer uma rejeição amorosa;
Analisando as áreas do cérebro que eram estimuladas, ela percebeu que tanto as pessoas que haviam acabado de se apaixonar como as que foram rejeitadas ativavam áreas que liberavam uma substância chamada dopamina.
A dopamina age como um estimulante natural que causa uma grande capacidade de foco. É por isso que quando você está apaixonada (ou no seu caso, rejeitada), você fica obsessivamente focada na pessoa: porque essa danada da dopamina te dá motivação intensa pra isso!
Ela pode ser maravilhosa na superfície quando tudo está indo ás mil maravilhosas: pessoas apaixonadas podem conversar por horas a fio, se sentem otimistas, entusiasmadas e possuem um grande impulso sexual. Só que ela também é capaz de te cegar completamente.
Percebeu-se que as pessoas analisadas conseguiam listar exatamente as características que não gostavam na pessoa amada, mas acabam deixando tudo de lado focalizando apenas aquilo que gostavam.
E além disso (como se já não fosse o bastante), as pessoas rejeitadas apresentaram atividade cerebral em regiões associadas ao vício, como um vício em cocaína poderoso e arraigado.
Quando seu ex companheiro termina o relacionamento entre vocês, você sofre uma crise de abstinência exatamente como um viciado em cocaína sofreria e isso desencadeia uma série de atividades de recompensa no seu cérebro.
Da mesma forma que um viciado em crise de abstinência tende a consumir ainda mais em uma recaída, o cérebro busca reproduzir aquelas sensações de começo de namoro, com a pequena diferença de que agora você está sozinha.
E isso pode ser até mesmo mais intenso do que os efeitos das drogas porque acontece dentro de você sem a necessidade de estímulos internos!
“AAAAI MEU DEUS GABI E AGORA O QUE EU FAÇO???”
Calma, flor! Respira fundo… respira bem fundo e sinta o quão libertador é saber que você não é uma louca ensandecida retardada mental como pensava… você simplesmente está passando por um fenômeno biológico que mais cedo ou mais tarde, vai passar!
Sua cura emocional já começou porque agora você tem CONSCIÊNCIA. Consciência é a palavra-chave lembra?
Lembre-se que como um processo de superação de qualquer vício, há um caminho a ser percorrido. Seja gentil e amorosa consigo mesma! Não se culpe, faça o melhor que puder a cada dia…
Mas o mais importante (e eu gosto de ressaltar esse ponto em todos os meus textos) é que você tome as decisões certas para cuidar de si mesma (como por exemplo cortar o contato com o fulaninho para não reativar essas áreas do seu cérebro).
Se você seguir na direção certa, não tem erro… mais dia ou menos dia, tudo vai passar. =)
E se você quiser entender melhor quais são as atitudes que você deve tomar pra cuidar mais de si mesma e inclusive acelerar esse processo, me mande um WhatsApp ou e-mail que eu terei o maior prazer em te ajudar.
