Amar a si mesma. Eu acredito que a palavra mais usada pelo universo feminino nos últimos tempos é a tal da autoestima – mas confesso que de tão banalizada e descontextualizada, ao meu ver essa palavra não tem mais o significado profundo que deveria. Se você se identifica, vem comigo mergulhar no texto de hoje.
“Você precisa se amar, se valorizar!” – disseram eles.
“Quem perdeu foi ele, ele não merece uma mulher como você!” – disseram eles.
É bem fácil falar isso quando você não está passando por uma situação de ter sido rejeitada pelo teu companheiro, né?
As pessoas que dizem essas frases que não me levem a mal, eu sei que a intenção delas é a melhor possível, mas, CARA, NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA!
Hoje eu sei muito bem disso porque experimentei na pele a sensação de sentir-se rejeitada por não ter sido escolhida pelo cara que eu gostava para continuar o relacionamento.
Eu nunca me achei a pior das criaturas, mas não acreditava que tinha condições de achar um cara tão bom quanto ele.
Se eu não fui escolhida (ou no caso, fui des-escolhida porque levei um pé na bunda mesmo), com certeza, era pelo fato de eu não ser uma mulher tão interessante quanto era no começo.
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E se tem uma coisa que não me ajudou em nada foi ouvir essas frases completamente descontextualizadas, como se fosse um novo padrão: sai o padrão de ser submissa ao homem, entra o padrão de se amar e se valorizar.
Quando estamos vivendo em um momento de extrema polaridade (submissão ao homem por exemplo) é normal que o momento seguinte corra justamente para o outro extremo, como se fosse um pêndulo (ame a si mesma).
Só que o eu percebi ao longo dos últimos anos e que me ajudou absurdamente foi perceber que o amor não é uma ação (apesar de ser um verbo com conotação de ação) que pode ser realizado assim, sem mais nem menos e de uma hora para outra.
O amor é um processo. Vou repetir pra ficar bem gravadinho em sua mente: o amor é um P R O C E S S O.
E o que é um processo?
Processo é uma sequência continuada que apresenta certa unidade, realizado com regularidade.
Ou seja, ele não tem FIM! Não existe um ponto de chegada onde você finalmente vai se amar e ponto, acabou o trabalho duro.
E eu tenho certeza sem ao menos te conhecer que se você está sofrendo do que jeito que eu sofri, é porque sequer iniciou este processo ainda.
Você provavelmente se sente muito mal em não conseguir amar a si mesma, mas o pior de tudo é que você realmente não tem ideia de como fazer isso, não é verdade?Porque não basta perder uns quilinhos. Não basta um novo corte de cabelo, fazer as unhas ou comprar uma roupa nova.
Não basta saber racionalmente que você precisa se amar e que precisa se valorizar.Para iniciar o processo de se amar, você precisa começar a ter atitudes que SEJAM amor consigo mesma. E a primeira de todas elas é fazer as pazes consigo mesma, olhando pra tudo que você não gosta em si mesma e acolhendo.
Quando você perceber que não consegue se amar como dizem pra você fazer, se respeite! O amor nasce justamente quando integramos dentro de nós tudo aquilo que conseguimos ou não fazer e por sermos apenas seres em evolução, buscando fazer um pouquinho melhor a cada dia
Esse é o início! Mas o final, minha amiga… esse não chega nunca… porque lembra que não existe uma linha de chegada?
Então você precisa continuar fazendo isso pelo resto dos teus dias terrestres… mas eu te digo que cada vez fica mais fácil, mais natural e mais delicioso seguir nesse processo!
Você começa a reconhecer mais os pontos nos quais é realmente boa e focar menos naquilo que não é tão boa assim.
Aprende a impor suas opiniões e a tomar decisões que sejam assertivas e amorosas consigo mesma.
Desenvolve uma fortaleza dentro si chamada confiança, onde a cada atitude, tijolo por tijolo, essa muralha cresce cada dia mais imponente.
Se este texto fez sentido no seu coração e você desejar saber mais sobre meu trabalho, entre em contato comigo pelo Whatsapp 😉