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Ruim com ele, pior sem ele… Será?

Seu relacionamento nem estava tão bom assim, mas você sente que dói mais agora que vocês se separaram do que quando estavam juntos?

Esta é uma frase que eu ouço muito das mulheres que me procuram após o rompimento de suas relações.

Na maioria das vezes, essas mulheres viviam relacionamentos desgastados, sem amor ou vínculo afetivo, às vezes até mesmo abusivos, mas quando se encontram em uma situação de terem de ficar sozinhas, se desesperam.

Desesperam-se como se esta fosse a pior coisa que lhes poderia acontecer, como se fosse um grande castigo, uma grande punição.

Eu não as culpo, de verdade. Quando se é dependente emocional, é realmente desesperador se ver sem o único pilar que sustenta sua vida: seu companheiro.

A realidade por trás de quando você fala para si mesma que está “ruim com ele, pior sem ele” é que você está escolhendo fugir da dor maior, e no seu caso, a dor maior é ficar sozinha.

Medo de ficar sozinha.

Funciona mais ou menos assim: todos nós temos uma espécie de balança interna dentro de nós. Uma balança que pesa as possibilidades de nossas escolhas e com base nos benefícios ou malefícios que obteremos de cada uma dessas possibilidades, tomamos nossas decisões.

Todas as decisões que tomamos em nossas vidas (absolutamente todas, mesmo as menores como o que comer no café da manhã ou qual roupa vestir) são tomadas por dois mecanismos:

1- Busca pelo prazer

2- Fuga da dor

Vamos analisar uma questão pequena primeiro, como escolher o que você vai comer no café da manhã.

Supondo que você adore cereais, naturalmente você vai escolhê-los ao invés de frutas ou ovos, por exemplo. Mas se você estiver de dieta e a dor de ter se visto de biquíni no verão passado com aqueles quilinhos a mais está muito forte em sua cabeça, você consegue fazer uma escolha diferente, como ovos, por exemplo.

Percebe como neste caso, a dor de se ver de biquíni com quilinhos a mais falou mais alto que o prazer de comer os cereais de que você tanto gosta?

Agora trazendo para a sua realidade atual, quando seu relacionamento acaba e você deseja voltar com seu ex mesmo sabendo que o relacionamento estava indigno pra você, que não estava saudável e que não estava te fazendo feliz, é porque você acredita que ficar sozinha é muito mais difícil.

Leia também: Como ser feliz sozinha? Será que esse “negócio” é pra mim?

A sua balança interna pesa muito mais para o lado de ficar sozinha, principalmente porque é uma zona nova pra você, desconfortável.

Quanto mais tempo de relacionamento você tinha com seu ex, quanto mais dependente emocional ou mesmo financeiro você era dele, mais assustador será recomeçar a sua vida.

Só que esse assustador se dá apenas pelo fato de que é algo novo, ou minimamente algo que você não faz há muito tempo.

Mas esse algo novo é ao mesmo tempo o problema e a solução dos seus problemas: o problema porque te assusta. Porque você não sabe lidar, não sabe o que fazer muito bem. Tem medo de errar, tem medo de ficar ainda mais infeliz.

Mas é a solução porque só uma coisa nova, uma grande novidade pode te fazer alcançar um patamar maior do que você está hoje: o de ser feliz de verdade como você deseja e merece.

O de poder conquistar uma relação realmente amorosa, saudável, com um vínculo profundo com o parceiro, onde haja respeito amor e cumplicidade.

Enxergue o estar sozinha como um “caminho” para você atingir esse tipo de relacionamento.

Porque enquanto você estiver presa em uma relação falida, que chances você tem viver o que deseja? Nenhuma chance.

Mas ao sair dele, você abre um mar de possibilidades de conhecer pessoas novas que tenham muito mais a ver com aquilo que você deseja viver.

Muitas pessoas inclusive descobrem uma beleza esplendida ao aprenderem a ficar a sós consigo mesmas, em suas próprias companhias e nem sentem mais a vontade de entrar em uma nova relação.

Ficar sozinha.

Esse ciclo é belíssimo porque ao sentir-se a vontade com a solitude, você acumula amorosidade para transbordar em seus próximos relacionamentos – ao invés de mendigar o amor do parceiro, você terá o suficiente para doar e isso alimenta um ciclo vicioso do bem, onde ele por sua vez, por se sentir o tamanho do seu amor, terá condições de retribuir também.

Portanto da próxima vez que você se pegar falando “ruim com ele, pior sem ele” analise criticamente o que é tão ruim assim: será que não é apenas medo? Será que você não está sendo covarde ao tentar manter uma relação que claramente não tem condições de te proporcionar aquilo que você sonha viver?

Você pode escolher ser covarde se quiser. Muitas pessoas fazem essa escolha todos os dias. Mas terá que arcar com as consequências da sua covardia sem reclamar.

Pense nisso.

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