Você sonha com um relacionamento pleno e amoroso; sonha com uma vida com mais qualidade onde você é realizada pessoal e profissionalmente, mas ao tempo sua realidade atual é tão distante disso que você acaba se conformando com a vida que tem?
“Ou você se arrisca ou se conforma”: aposto que você já ouviu essa frase antes. E eu também tenho certeza que alguns segundos depois de ouvir essa frase, uma nuvem de pensamentos escuros enuviaram sua mente dizendo:
“É muito fácil falar mas não é tão fácil assim fazer…”
“Pra ela é fácil dizer isso, ela é sortuda e teve todas as condições pra isso. Eu não tive essa mesma sorte…”
“Agora já é tarde, eu fiz tudo errado no passado e não dá pra recomeçar…”
“Eu não consigo. Não tenho as habilidades pra isso…”
Se você pensou nessas ou quaisquer outras coisas do tipo, sinto lhe informar, mas você faz parte da grande massa de pessoas que prefere JUSTIFICAR seu próprio fracasso ao invés de correr atrás de seus sonhos.
É bem mais fácil fazer isso né? Afinal você tira toda a responsabilidade pelos rumos que sua vida toma de seus próprios ombros e joga no mundo, nas outras pessoas, no seu ex companheiro, na falta de sorte, em Deus… enfim, em qualquer um que não seja você!
Eu te pergunto: até quando você vai continuar vivendo assim? Vivendo a vida das pessoas que você segue no Instagram… querendo saber tudo da vida dos outros para se distrair, para amenizar o seu próprio vazio interno?
Sendo coadjuvante da sua própria vida… aceitando as coisas que aparecem ao invés de escolher o que você quer:
Aceitando o carinha mais ou menos que apareceu pra você se relacionar, mesmo que ele não seja tudo aquilo que você sonhou;
Aceitando o emprego que te aceitou e que “ao menos paga suas contas”ao invés de escolher um trabalho que você se sinta realizada, que você possa verdadeiramente contribuir para o mundo através de seus dons e talentos;
Deixando sua vida completamente à deriva ao que acontece ao invés de tomar o leme em suas mãos e dar você uma direção à ela;
“Mas Gabi, você está me dizendo que eu deveria me rebelar contra o que minha vida é hoje? Que eu não deveria aceitá-la, que eu não deveria me aceitar como sou?”
Não. Estou dizendo que você se conforma com a vida que tem porque tem medo de atingir seu pleno potencial.
A aceitação verdadeira mesmo só pode existir em dois casos:
1- Por amor e felicidade, porque somos plenamente felizes com quem somos e com a vida que vivemos. Neste caso não temos tempo, nem energia sobrando para bisbilhotar a vida alheia e de viver sonhando acordado. Vivenciamos nossos sonhos no nosso próprio dia a dia. Você passa a ser inteiro em seu momento presente.
2- Quando existem coisas que você realmente não pode mudar – se você é abandonada pelo seu ex companheiro, por exemplo. Se ele terminou com você, isto é um fato, não há contra o que lutar. Negar a realidade é fugir da sua responsabilidade em continuar direcionando sua vida para onde você quer que ela vá, não importa o que aconteça. Encare isso como um obstáculo a ser enfrentado e não com uma conformidade de que agora você nunca poderá ser feliz novamente.
O grande problema que acontece é que muitas pessoas confundem seus sonhos com o meio pela qual elas podem realizá-lo. E o meio não é importante! O meio pode e deve mudar de acordo como a vida se apresenta pra você.
Exemplo: você acreditar que seu sonho é casar e ter filhos.
Será mesmo? Então você se sentiria feliz e realizada em um casamento falido, onde você não pode ser você mesma com seu companheiro? Onde há traições? Onde há desconfiança, ciúme e possessividade?
Aposto que não. Então seu sonho não é casar e ter filhos. Talvez seu sonho seja ter uma boa convivência familiar, uma família saudável e amorosa.
Mas aí você se casa e percebe que as coisas não aconteceram do jeito que você gostaria, mas você continua sonhando… sonhando que um dia as coisas podem mudar… e deixando seus dias passar enquanto esse sonho fica cada vez mais distante.
Você arruma desculpas pra si mesma para continuar no lugar que está: “Agora já é tarde, agora não posso mais correr atrás do meu sonho.”
É nesse momento que te digo que você acaba de fazer uma escolha: a escolha de se conformar com sua própria vida.
Nunca é tarde demais. Se há sangue em sua veias e energia vital circulando pelo seu corpo, não importa quantos anos você tenha, se é casada, se tem filhos, se não tem: você pode mudar sua vida!
Mas pra isso você vai precisar sair da merda quentinha chamada zona de conforto: vai ter que se arriscar. Vai ter que botar a pele pra jogo, vai ter que coragem pra recomeçar quantas vezes por necessário.
Porque eu te pergunto: quando você chegar do outro lado, qual vida você prefere ter vivido: a vida de conformismo com aquilo que você acha que o mundo fez com você, ou uma vida de coragem, amor-próprio e ousadia de não ter apenas sobrevivido mas aproveitado e experienciado cada dia de sua experiência terrena?